<< Índice >>

Que a Graça e a Paz de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo estejam contigo!

 

 

Introdução

É tempo de Páscoa: período em que no Antigo Testamento o povo hebreu celebrava a saída do cativeiro do Egito rumo à Terra Prometida, conduzida por Moisés, um servo de Deus (Êxodo 12).

Período em que hoje, o povo cristão celebra a saída do cativeiro do pecado, rumo à Nova Jerusalém, à eternidade nos céus, graças à ressurreição de Jesus Cristo, o Filho de Deus (I Coríntios 5:7-8).


É tempo de Missões: em plena campanha de Missões Mundiais, estamos lembrando que não existem fronteiras para o amor de Deus, e que não há limites para que a graça salvadora de Jesus Cristo liberte os povos, dos cativeiros pecaminosos espalhados pelo planeta a fora.

Hoje poderíamos falar sobre diversos homens e mulheres que levaram a Palavra de Deus aos povos, tais como os Apóstolos Paulo ou Pedro, ou João Batista - o precursor de Jesus, ou mesmo Isaías, um profeta chamado diretamente pelo próprio Deus, a partir de Seu alto e sublime trono... (Isaías 6)

Mas Deus tocou em nossos corações o desejo de aprender um pouco mais sobre o próprio Cordeiro Pascal, Jesus Cristo, o Filho de Deus, que se esvaziou a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens (Filipenses 2:7), e que por onde caminhava, levava a Palavra de Deus aos corações aflitos, às ovelhas sem pastor (Mateus 9:35-36).

 

Texto Base

Mateus 14:8-21:

8 E ela, instruída previamente por sua mãe, disse: Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João o Batista.

9 E o rei afligiu-se, mas, por causa do juramento, e dos que estavam à mesa com ele, ordenou que se lhe desse.

10 E mandou degolar João no cárcere.

11 E a sua cabeça foi trazida num prato, e dada à jovem, e ela a levou a sua mãe.

12 E chegaram os seus discípulos, e levaram o corpo, e o sepultaram; e foram anunciá-lo a Jesus.

13 E Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, apartado; e, sabendo-o o povo, seguiu-o a pé desde as cidades.

14 E, Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e possuído de íntima compaixão para com ela, curou os seus enfermos.

15 E, sendo chegada a tarde, os seus discípulos aproximaram-se dele, dizendo: O lugar é deserto, e a hora é já avançada; despede a multidão, para que vão pelas aldeias, e comprem comida para si.

16 Jesus, porém, lhes disse: Não é mister que vão; dai-lhes vós de comer.

17 Então eles lhe disseram: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.

18 E ele disse: Trazei-mos aqui.

19 E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a erva, tomou os cinco pães e os dois peixes, e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou, e, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos à multidão.

20 E comeram todos, e saciaram-se; e levantaram dos pedaços, que sobejaram, doze alcofas cheias.

21 E os que comeram foram quase cinco mil homens, além das mulheres e crianças.

 

1. O problema não é meu (v. 15)

15 E, sendo chegada a tarde, os seus discípulos aproximaram-se dele, dizendo: O lugar é deserto, e a hora é já avançada; despede a multidão, para que vão pelas aldeias, e comprem comida para si.

Os discípulos, que sempre apoiaram Jesus nas suas caminhadas, novamente estavam ali para ajudar, e se preocuparam com uma questão básica: hora avançada e multidão com fome.

A solução proposta por eles foi simples: despede a multidão enquanto há tempo pra cada um comprar comida pelas aldeias, antes que o comércio local encerre o expediente.

Mas, vamos lembrar como esse evento começou:

João Batista, o precursor de Jesus, amigo e parente dele, acabava de ser morto por causa da transgressão do rei Herodes e de Herodias, e Jesus tinha recebido a triste notícia de seu sepultamento (v. 8-13).

Jesus então pegou um barco, e resolveu ir para um lugar deserto.

Jesus poderia estar triste, de luto, com a perda de seu amigo.

 

Quantos de nós passamos por dificuldades, aflições?

Nesse momento, a multidão vê Jesus, e o segue a pé, vindo das mais diferentes cidades (v.13).

13 E Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, apartado; e, sabendo-o o povo, seguiu-o a pé desde as cidades.

Jesus tinha seus problemas pessoais profundos naquele momento. Ele tinha o direito de chorar a perda de seu amigo, se isolar pelo luto, e ignorar essa multidão.

 

Não podemos ajudar as pessoas, se já temos nossos problemas! (será?)

14 E, Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e possuído de íntima compaixão para com ela, curou os seus enfermos.

Jesus teve compaixão da multidão, ao vê-la com suas necessidades. Ele não se importou com seu problema pessoal.

 

Voltando ao v.15:

15 E, sendo chegada a tarde, os seus discípulos aproximaram-se dele, dizendo: O lugar é deserto, e a hora é já avançada; despede a multidão, para que vão pelas aldeias, e comprem comida para si.

 

De quem é o problema?

Os discípulos afirmaram: o problema não é nosso!

 

2. Dai-lhes vós de comer (v. 16)

16 Jesus, porém, lhes disse: Não é mister que vão; dai-lhes vós de comer.

Mas Jesus é o Filho de Deus! Poderoso? Pode fazer qualquer coisa?

Uma multidão faminta no deserto nos lembra a narrativa de Êxodo 16, quando Deus manda ao povo o pão em forma de chuva: o maná.

Seria simples: Cristo mandaria do céu o maná, e todos ali presenciariam mais um milagre de Jesus!

Mas não é o que acontece. Jesus responde exatamente aos discípulos de quem é o problema: "Dai-lhes vós de comer".

É muito fácil ficar passivo à necessidade alheia, e fingir que a responsabilidade não é minha. É fácil ver alguém com dificuldade e pensar: "eu não tenho nada com isso, já tenho meus próprios problemas, alguém irá ajudá-lo".

Jesus não quer fazer o milagre simplesmente. Ele quer que você participe do milagre! Assim como ele usou os discípulos nessa narrativa.

 

3. Não tenho condições para ajudar (v. 17)

17 Então eles lhe disseram: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.

Como então alimentar a multidão, se não há recursos? Apenas cinco pães e dois peixes não seriam suficientes para isso!

18 E ele disse: Trazei-mos aqui.

A lição que fica desses versículos é: não importa o quanto temos. Pode ser algum valor financeiro revertido em oferta; pode ser oração, intercedendo pelos missionários e pelas pessoas ali alcançadas com seu trabalho. Pode ser a dedicação de um tempo para servir às pessoas, com nossas palavras de conforto, ou ação social, ou nosso talento em qualquer área, onde quer que estejamos. Tudo deve ser entregue a Jesus como esses apenas cinco pães e dois peixes.

 

4. Conclusão: A multiplicação de Amor (v. 19-21)

19 E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a erva, tomou os cinco pães e os dois peixes, e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou, e, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos à multidão.

20 E comeram todos, e saciaram-se; e levantaram dos pedaços, que sobejaram, doze alcofas cheias.

21 E os que comeram foram quase cinco mil homens, além das mulheres e crianças.

Sim, um pequeno gesto de amor (cinco pães e dois peixes) foi multiplicado para milhares de pessoas!

Não importa o quão pequeno seja (uma oferta, oração ou ação), deve partir de nós, e devemos entregar a Jesus. Com fé, Jesus multiplica esse gesto! A responsabilidade por alimentar a multidão é nossa!

 

Robson Martins
Igreja Batista Jardim Brasil
30/03/2018